Como gravar, ganhar audiência e autoridade com um podcast – Nathan Latka
O #RDSummit é o maior evento de marketing digital e vendas da América Latina. Este ano, o evento reuniu mais de 8.000 profissionais em Florianópolis-SC!
Este é o primeiro post de uma série que vou fazer, trazendo as minhas anotações e insights das palestras que assisti. Vem comigo!
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Outros posts da série:
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Sempre digo aos meus alunos que o podcast tem um público muito fiel – quem gosta de podcast GOSTA MESMO! E produzir podcasts faz muita diferença se a sua empresa ou projeto precisa construir uma audiência fiel.
E o empreendedor Nathan Latka, que em apenas 2 anos no ar já reúne 5,4 milhões de downloads – cerca de 50 mil por episódio, concorda e também acredita que podcast é o futuro. Ele produz o The Top Entrepreneurs.
Por que o Podcast é o futuro?
Pensa bem: cada vez mais a gente tem menos tempo livre. Perder muito tempo no trânsito não é mais uma realidade exclusiva dos grandes centros – sofro disso vivendo em uma capital pequena, e também em minha cidade natal (que tem pouco mais do que 100.000 habitantes). Por isso, gosto de aproveitar o tempo que tenho no trânsito, ou em uma caminhada na praia ou no parque, ouvindo audiobooks e podcasts.
São formas de me divertir, de aprender, de me conectar a outras realidades enquanto “perco tempo”. Tem podcast pra tudo! Humor, Negócios, Espiritualidade, História, Atualidades… Alguns que gosto muito de ouvir são:
- Canadá para Brasileiros – dá dicas para quem planeja emigrar ou para quem já vive naquele país maravilhoso! – sou suspeita de falar, foi lá que fiz meu intercâmbio). 😀
- Café com Adm – do portal Administradores.com, sempre traz entrevistas bacanas com administradores de sucesso.
- LíderCast – do Luciano Pires. Só isso já diz com todas as letras “OUÇA!” No voo de volta do Summit, escutei o episódio com a entrevista com o Marcio Appel, executivo que em 2012 decidiu que iria ser um atleta de hipismo e que iria representar o Brasil na Olimpíada de 2016. Spoiler: ele conseguiu!
- VDBCast – do Viver de Blog. Pra quem se interessa por produção de conteúdo online.
- AlôTénica – um podcast do RádioFobia, que ensina como produzir podcasts.
- NerdCast – um dos maiores podcasts de entretenimento do país, do pessoal do Jovem Nerd.
- Mundo Corporativo – Max Gehringer. Dispensa apresentações. 😉
- Inglês todos os dias – com Tim Barrett. Dicas excelentes. Ele também tem o Inglês básico todos os dias.
Tem muitos outros, mas esses são os que tenho ouvido com mais frequência. E aproveitando a oportunidade, ouça o podcast em que falo de Facebook Marketing, a convite do Ivo Neuman, do blog Treta. 🙂
Uma outra dica é: o Spotify permite ouvir os episódios offline. Para quem não usa o Spotify, recomendo o app Pocket Casts (que uso e estou adorando!)
Bom, mas voltando ao assunto, com base nesse meu interesse sobre o tema, fui acompanhar a palestra do Nathan. E ele deu algumas dicas valiosas para quem planeja começar ou já produz podcasts.
A primeira dica que ele já deixou de cara foi a escolha de um bom nome. E fez aqui o link com o SEO:
“É preciso pensar em como as pessoas vão procurar pelo seu show nos mecanismos de busca.”
Algumas outras dicas:
Você não precisa de um estúdio profissional para produzir podcasts.
Não é preciso equipamentos técnicos caros, nem mesmo de um espaço físico montado especialmente para isso. O que Nathan defende é que basta um bom microfone, um bom fone de ouvido e um laptop. E você está pronto para gravar seu podcast em qualquer lugar do mundo.
O modelo de entrevistas funciona melhor
Segundo Nathan, é mais caro e mais difícil fazer um podcast em que você apresenta sozinho. O modelo que mais gera resultados é o de entrevistas.
Planeje-se e grave com antecedência
Frequência e consistência: duas palavras que todo profissional de marketing de conteúdo já sabe de cor. Você precisa manter a consistência – afinal sua audiência passa a esperar por aquele conteúdo. E para isso, a melhor forma é deixar gravados pelo menos 3 meses de podcasts, para que você não fique sem ter o que publicar no caso de um imprevisto.
Nathan grava todos os dias 20 episódios de 20 minutos. Ele investe U$30 dólares na produção de um episódio, e ganha em média U$30.000 por esse mesmo episódio. Nada mau, hein?
Estruture o seu podcast como um Reality Show
Nathan usou o exemplo do reality show Survivor, mas qualquer outro serve aqui para explicar a analogia. Basicamente, o que ele quis dizer é que você precisa resgatar o último episódio e também criar a expectativa para o próximo.
Por exemplo:
- Comece com “Na última segunda-feira, conversamos com Neil Patel, que falou sobre taxas de conversão em Landing Page. Esse é o Cast for Closers número 56, começando agora!”
- Desenvolva o conteúdo;
- Termine com “Se você gostou desse podcast, fique ligado no próximo. O entrevistado da vez será Oli Gardner e vamos falar sobre testes AB.”
Para quem está familiarizado com Gatilhos Mentais, este nada mais é do que o de Antecipação.
Além disso, frisou:
“Primeiro entreter, depois educar.”
Além disso, Nathan chega a ser bem ousado nos shows. Pergunta na lata quanto um CEO ganha, por exemplo, e se o entrevistado se nega a responder, ouve um “então saia do meu show”.
Novamente, é criar expectativa e curiosidade (outro gatilho mental), prendendo o ouvinte até o final. E ele ainda diz o que deveria ser óbvio: aqueles episódios que têm conflitos têm mais downloads. O ser humano adora uma treta – isso a gente já sabe, né? 🙂
Pense grande! Seja confiante!
Nathan começou com a meta de 1 milhão de downloads já no primeiro ano. Além disso, antes de lançar, ele selecionou 60 pessoas de grandes blogs e negócios para serem entrevistadas. Trabalhou para convencê-las a participar, mostrando confiança em alcançar a meta proposta.
Dos 60, ele só aceitou gravar com aqueles que aceitaram enviar o podcast para a própria lista de emails – 10 toparam!
Resultado: em um ano, não foram 1, mas sim 2 MILHÕES de downloads.
Como monetizar?
Nathan fala de 2 principais formas de gerar receita com podcasts:
- anúncios e patrocínios (marcas);
- venda de produtos próprios (físicos ou infoprodutos também).
Ele citou o exemplo do episódio 743 do Top Entrepreneurs, que é basicamente uma publicidade do próprio show. Ele ainda lembrou que, quando anunciar conteúdo, que seja em áudio – ninguém consegue ler um ebook ou whitepaper no trânsito ou na academia, né?
Além disso, ele ainda acredita que podcasts não devem cobrar das marcas por CPM ou downloads. Assim, ele sugere que a contratação seja feita por CAC, ou Custo de Aquisição de Clientes. A pergunta ao patrocinador deve ser “o quanto você está disposto a pagar por um novo cliente?”
Por fim, ele reforça que patrocínio por episódio não funciona, e mostrou isso com o exemplo da Hostgator, em que o ouvinte escuta entre 6 e 7 episódios antes de efetuar a compra. Essa frequência é importante, até mesmo por conta da jornada de compra do cliente, certo?
E você? Está produzindo ou pretende produzir seu próprio podcast? Diz aí nos comentários e vamos trocar ideias!