Recentemente, recebi um comentário no Instagram que me fez sentir a necessidade de vir falar um pouco de uma praga dos tempos modernos: Fake News. Especialmente, as Fake News no Marketing Digital.
Em um mundo com cada vez mais informação, e cada vez menos tempo livre, não é muito difícil acabarmos nos deixando levar por uma informação sem verificar a fonte dela. Neste mês, uma dessas notícias falsas que estão se alastrando entre os profissionais de mídias sociais são as “novas regras do algoritmo do Instagram”. E por que devemos olhá-las com desconfiança? Simplesmente porque elas foram espalhadas por uma blogueira/influencer de design e artesanato – não de marketing digital, e não há qualquer fonte oficial que confirme a veracidade dessa informação!
A resposta abaixo, publicada pelo Fabio Prado Lima em um grupo fechado de alunos, mostra o quanto essas fake news confundem até mesmo nós, profissionais.
Link indicado pelo Fabio: http://fabio.ly/hashtags-banidas
Geralmente, o Facebook e o Instagram publicam em suas fontes oficiais qualquer mudança mais forte no algoritmo, especialmente quando eles desejam que as pessoas usem algo de forma diferente.
Um exemplo disso? Quando o Facebook se posicionou contra quem estava fazendo mal uso das Lives, colocando votações e enquetes com imagens estáticas. De fato, a rede não somente disse que iria diminuir o alcance, mas também publicou em suas diretrizes de marca a seguinte recomendação: “Não utilize reações em enquetes em vídeo quando a transmissão inteira consistir em imagens ou gráficos estáticos ou em loop”.
Percebe? As redes do tio Mark são muito claras quando desejam que um mau uso de suas ferramentas pare de ser feito. Então, não faz muito sentido não encontrarmos NENHUMA fonte oficial do Instagram, ou mesmo de grandes veículos de tecnologia e marketing digital, falando das supostas “regras”. Pelo contrário, apenas vemos posts de profissionais que acharam que essas regras são reais.
>> Notícias oficiais do Facebook e Instagram para fevereiro
>> Notícias oficiais do Facebook e Instagram para janeiro
Mas então, como fugir dessas armadilhas e evitar espalhar boatos por aí?
Primeira Regra: se não está em nenhum canal oficial, desconfie!
Com a nossa correria do dia a dia, é cada vez mais difícil conseguir acompanhar tudo, ou sair caçando notícias oficiais, eu sei. Mas a partir do momento em que você decide passar uma informação pra frente, é questão de RESPEITO com a sua audiência se certificar dessas informações.
Chega a ser triste como muitas pessoas desconfiam de tudo o que a Globo publica, por exemplo, mas botam a mão no fogo por uma informação que um blogueiro publica. Sério, o mínimo que aprendemos é que precisamos ter senso crítico, certo? Então pelo menos vá atrás da fonte da informação antes de espalhá-la por aí.
O post no Medium que se alastrou nos últimos dias sobre as supostas regras (da primeira imagem) não cita NENHUMA fonte. Quando questionada nos comentários, a autora disse que a fonte foi um curso (?) que ela fez, e publica vários links – nenhum deles possui NENHUMA relevância no mercado do marketing digital. O único link que ela publica que é oficial do Instagram é de uma atualização da Graph API, em inglês, que em nenhum momento cita as tais regras sobre as hashtags. Não sei você, mas não me parece muito confiável, né?
Mas então, quais fontes podemos confiar?
As oficiais em primeiro lugar!>> Notícias do Facebook, Instagram e Messenger no site Facebook Para Empresas
>> Facebook for Developers
>> Facebook Newsroom Brasil
>> Instagram for Business
>> Instagram Business Blog
>> Instagram Blog
>> Facebook Brand Resource Center
>> Facebook Marketing Partners
>> Facebook para Agências
>> Políticas de Publicidade
>> Facebook Media
>> Messenger Blog
Segunda regra: veja se algum portal/blog de expressão na área já publicou algo sobre o assunto
Sabemos que nem sempre a imprensa é 100% confiável, visto que imparcialidade é um troço meio utópico, porque nós, seres humanos, sofremos do viés de confirmação (dica incrível do Kyro Caram – eu nem sabia que existia um termo pra isso).
“Viés de confirmação (…) é a tendência de se lembrar, interpretar ou pesquisar por informações de maneira a confirmar crenças ou hipóteses iniciais. É um tipo de viés cognitivo e um erro de raciocínio indutivo. As pessoas demonstram esse viés quando reúnem ou se lembram de informações de forma seletiva, ou quando as interpretam de forma tendenciosa. Tal efeito é mais forte em questões de forte carga emocional e em crenças profundamente arraigadas. As pessoas também tendem a interpretar evidências ambíguas de forma a sustentar suas posições já existentes. (…)
Uma série de experimentos nos anos 60 sugeriu que as pessoas são tendenciosas de forma a confirmar suas crenças pré-existentes. Trabalhos posteriores reinterpretaram esses resultados como uma tendência a testarmos ideias de forma unilateral, focando em uma possibilidade e ignorando alternativas. Em certas situações, essa tendência pode enviesar as conclusões das pessoas.” (Fonte: Wikipedia)
Porém, se não há NENHUM veículo de expressão comentando sobre o fato, é de se desconfiar, não?
Algumas fontes que gosto de acompanhar – mas NUNCA, nunca mesmo, deixo de olhar outras para então formar uma opinião:
Brasileiras:
>> Blog do Share
>> Olhar digital
>> TecnoBlog
>> Meio e Mensagem
Internacionais:
>> Mashable
>> Social Media Examiner
>> AdEspresso Blog
>> The Next Web
>> Business Insider
Terceira regra: siga profissionais confiáveis, não necessariamente “gurus”
O problema de seguirmos o que “gurus” falam sem questionar, sem buscar aquela informação em outros lugares, é que nem sempre há uma preocupação daquele profissional com a veracidade daquela informação – infelizmente. Já vi “gurus” soltando informações que eu sabia – por fontes oficiais – que não tinham fundamentos. Mas como o público-alvo desses caras é iniciante, ele simplesmente não é questionado. Infelizmente, estamos sujeitos a isso.
Com o tempo, e em mais de 10 anos de profissão, encontrei profissionais que são sim muito confiáveis, que não se pronunciam quando não têm certeza de uma informação, e que são comprometidos a ponto de admitirem não saber, e que irão procurar para passar uma informação mais correta. São esses que hoje sigo e acompanho.
Vamos a alguns nomes:
>> Fábio Prado Lima
>> Estêvão Soares
>> Ricardo Celso
>> Edson Caldas Jr
>> Kyro Caram
>> Mei Lazari (inclusive, foi ele quem desmistificou aquelas supostas regras do Instagram no grupo do #SMXP)
E por fim, mas EXTREMAMENTE importante:
O único grupo que realmente acompanho TODAS as discussões, tanto no Facebook quanto no WhatsApp, é o #SMXP, do Estêvão Soares. Ali tem uma galera muito comprometida com as informações e as discussões. A participação do grupo e da plataforma (tem cursos, workshops, bate-papo mensal com os grandes do mercado) é paga, com uma mensalidade de R$47, e que pra mim é o MELHOR investimento em educação e networking que faço hoje. Sério, o aprendizado é imenso, o networking é valiosíssimo, o respeito mútuo entre os membros é incrível!
O #SMXP abre para inscrições apenas 2x por ano (está aberto agora), e você pode ver mais informações aqui: https://smxp.com.br/
Mas corre porque essa é a última vez em que as inscrições estarão abertas a quem quiser. A partir das próximas vezes, só entrará quem for indicado por um membro da comunidade.
E não, este não é um publipost. 🙂 Indico porque realmente senti uma grande diferença na minha vida quando comecei a acompanhar o SMXP. Então vai lá e aproveita enquanto está aberto pra inscrições! 😀
[author] [author_image timthumb=’on’]https://midiamorfose.com/wp-content/uploads/2017/10/dianapadua.png[/author_image] [author_info]Diana Pádua é consultora de Marketing Digital e professora no MBA em Comunicação e Marketing da UVV – Universidade Vila Velha e nos cursos de Marketing Digital da FEST – UFES. Atuou com consultoria de Mídias Sociais para a Nissan Motor Company, em Curitiba/PR. Também trabalhou em campanha eleitoral de Senador e Presidente (2010), em São Paulo-SP. Trabalhou com mídias sociais e comunicação interna na Wine.com.br durante 4 anos, onde também participou do lançamento da primeira loja de vinhos dentro do Facebook do mundo, a Wine F-Store, em 2011.[/author_info] [/author]